Em cada ano, existe no mínimo, uma profecia do apocalipse. Às vezes, um resumo é anunciado na placa de papelão de um mendigo, ou um pastor mantem seu rebanho cercado pelo medo, e ainda, aquele teórico da conspiração pode culpar os alienígenas que parasitam os líderes mundiais. Algumas versões possuem sobreviventes, outras transformam o planeta em poeira espacial. Na maioria, o agente-catalisador é uma manifestação grosseira do mal.
Os mais crédulos se perguntam se há esperança de salvação. E a resposta é tão óbvia, banal e concreta: claro que não! Ninguém precisa prever o quando; o como; o porquê; pois nós sabemos que todo santo dia, incontáveis pessoas enxergam o fim do mundo. Não precisamos de monstros para entender que a escuridão é primitiva. Até na Bíblia Sagrada fala que antes de haver luz, só havia trevas.
Antes de nascermos, o nada reinava sobre o nada. Depois da luz, sugamos as primeiras moléculas dessa atmosfera poluída. Choramos com essa nova condição. O trauma é tão fodido, que obliteramos as primeiras memórias do cérebro. Alguém aí sabe que gosto tinha o leite da sua mamãe? Coalhado? Azedo? Salgado? Olha lá, essas perguntas não foram feitas para incestuosos.
Pois é, vocês entenderam.
Então, começamos o — gratificante — processo de amadurecimento, tão doce e venenoso que dura pouco! Daí, apodrecemos em negação. Dizemos mil vezes “não”. Não para o grande final! Nos agarramos nessa palavrinha inútil. Esquecemos que em cada movimento de rotação, inúmeros apocalipses revelam a fragilidade dessa condição que ninguém escolheu.
Nem mesmo o seu deus te idealizou, já o oposto, te trouxe um alívio cômico.
Depois da grande extinção, o nada reinará sobre o nada.
Em cada ano, existe no mínimo, uma profecia do apocalipse. Às vezes, um resumo é anunciado na placa de papelão de um mendigo, ou um pastor mantem seu rebanho cercado pelo medo, e ainda, aquele teórico da conspiração pode culpar os alienígenas que parasitam os líderes mundiais. Algumas versões possuem sobreviventes, outras transformam o planeta em poeira espacial. Na maioria, o agente-catalisador é uma manifestação grosseira do mal.
Os mais crédulos se perguntam se há esperança de salvação. E a resposta é tão óbvia, banal e concreta: claro que não! Ninguém precisa prever o quando; o como; o porquê; pois nós sabemos que todo santo dia, incontáveis pessoas enxergam o fim do mundo. Não precisamos de monstros para entender que a escuridão é primitiva. Até na Bíblia Sagrada fala que antes de haver luz, só havia trevas.
Antes de nascermos, o nada reinava sobre o nada. Depois da luz, sugamos as primeiras moléculas dessa atmosfera poluída. Choramos com essa nova condição. O trauma é tão fodido, que obliteramos as primeiras memórias do cérebro. Alguém aí sabe que gosto tinha o leite da sua mamãe? Coalhado? Azedo? Salgado? Olha lá, essas perguntas não foram feitas para incestuosos.
Pois é, vocês entenderam.
Então, começamos o — gratificante — processo de amadurecimento, tão doce e venenoso que dura pouco! Daí, apodrecemos em negação. Dizemos mil vezes “não”. Não para o grande final! Nos agarramos nessa palavrinha inútil. Esquecemos que em cada movimento de rotação, inúmeros apocalipses revelam a fragilidade dessa condição que ninguém escolheu.
Nem mesmo o seu deus te idealizou, já o oposto, te trouxe um alívio cômico.
Depois da grande extinção, o nada reinará sobre o nada.