Enquanto caminho pela Beira mar, olho para o relógio em meu pulso e vejo os ponteiros
marcarem dez em ponto.
Acendo um cigarro e observo a brisa úmida da maresia acelerar a combustão.
Trago a fumaça que sobe serpenteando como dragões ferozes rumo ao céu e os expulso num
sopro de hálito quente.
Atravesso a avenida sem olhar para os lados pois o fluxo de carros assim como o de pessoas,
diminuiu, dando lugar ao silencio sepulcral das ruas noturnas do centro histórico de São Luís.
As barracas personalizadas com fotos da cidade, antes lotadas de comidas típicas e souvenirs,
agora servem apenas como abrigo aos cães, e próximo ao bar Contraponto não há ninguém
além dos dois flanelinhas que brigam pelo último gole de cachaça.
Sento em um dos bancos de madeira que estão dispostos em círculo na praça dos Catraeiros,
a umidade do banco não me incomoda pois daqui tenho uma visão privilegiada da única janela
do bar. Através dos vitrais vejo o rosto pálido de um sujeito, iluminado somente pela luz
esmaecida de uma lâmpada em forma de lampião.
Atraído pelo som das ondas indo de encontro à mureta de proteção da Beira mar, desvio o
olhar do bar. O baque das ondas se junta à sinfonia criada pelo farfalhar das palmeiras que
ornam a praça e logo adiante a lua cheia em um tom amarelado como uma enorme moeda de
ouro, compõe o cenário litorâneo.
O mar está mais agitado que o normal devido a um fenômeno chamado maré de cizigia, hoje
Enquanto caminho pela Beira mar, olho para o relógio em meu pulso e vejo os ponteiros
marcarem dez em ponto.
Acendo um cigarro e observo a brisa úmida da maresia acelerar a combustão.
Trago a fumaça que sobe serpenteando como dragões ferozes rumo ao céu e os expulso num
sopro de hálito quente.
Atravesso a avenida sem olhar para os lados pois o fluxo de carros assim como o de pessoas,
diminuiu, dando lugar ao silencio sepulcral das ruas noturnas do centro histórico de São Luís.
As barracas personalizadas com fotos da cidade, antes lotadas de comidas típicas e souvenirs,
agora servem apenas como abrigo aos cães, e próximo ao bar Contraponto não há ninguém
além dos dois flanelinhas que brigam pelo último gole de cachaça.
Sento em um dos bancos de madeira que estão dispostos em círculo na praça dos Catraeiros,
a umidade do banco não me incomoda pois daqui tenho uma visão privilegiada da única janela
do bar. Através dos vitrais vejo o rosto pálido de um sujeito, iluminado somente pela luz
esmaecida de uma lâmpada em forma de lampião.
Atraído pelo som das ondas indo de encontro à mureta de proteção da Beira mar, desvio o
olhar do bar. O baque das ondas se junta à sinfonia criada pelo farfalhar das palmeiras que
ornam a praça e logo adiante a lua cheia em um tom amarelado como uma enorme moeda de
ouro, compõe o cenário litorâneo.
O mar está mais agitado que o normal devido a um fenômeno chamado maré de cizigia, hoje