as 6:00 da manhã ouvi uma repórter mencionar algo sobre pontos de alagamento devido ao
alto nivel da água. Aproveito essa atmosfera psicodelica que beira o sobrenatural e enrolo um
cigarro de maconha, mas não antes de tragar os últimos suspiros de nicotina do meu Marlboro.
Acendo o baseado e na primeira puxada sinto a leve pressão gelada na nuca. Inaldo toda a paz
que só o THC pode proporcionar e absorvo cada detalhe do barato que relaxa meu corpo.
Volto a olhar para a janela do bar e através dela, vejo a cara pálida numa expressão lânguida
típica dos embriagados.
Ele espumeja saliva como um doente mental com as mandíbulas frouxas e seu olhar está
perdido como o de um cego. A camisa de brim está amarrotada, os cabelos desgrenhados e os
braços frouxos pendendo da cadeira.
O único garçom que se dispôs a encerrar o expediente, empilha as mesas e cadeiras num
aviso mudo que indica que já passou da hora de fechar.
O garçom desliga as luzes.
Essa é minha deixa. Caminho até as portas do bar ainda sob efeitos da cannabis e nem me
dou o trabalho de cumprimentar o garçom que passa por mim vestido em sua melhor cara de
tédio.
A música já num volume característico dos fins de festa, é de uma banda local. Sei disso pelo
familiar timbre esganiçado fo vocalista da school thrash, que berra o refrão de streets of
silence.
O bar está escuro e com um cheiro azedo de cerveja. Os instrumentos usados nos eventos
estão amontoados num pequeno palco a minha frente.
as 6:00 da manhã ouvi uma repórter mencionar algo sobre pontos de alagamento devido ao
alto nivel da água. Aproveito essa atmosfera psicodelica que beira o sobrenatural e enrolo um
cigarro de maconha, mas não antes de tragar os últimos suspiros de nicotina do meu Marlboro.
Acendo o baseado e na primeira puxada sinto a leve pressão gelada na nuca. Inaldo toda a paz
que só o THC pode proporcionar e absorvo cada detalhe do barato que relaxa meu corpo.
Volto a olhar para a janela do bar e através dela, vejo a cara pálida numa expressão lânguida
típica dos embriagados.
Ele espumeja saliva como um doente mental com as mandíbulas frouxas e seu olhar está
perdido como o de um cego. A camisa de brim está amarrotada, os cabelos desgrenhados e os
braços frouxos pendendo da cadeira.
O único garçom que se dispôs a encerrar o expediente, empilha as mesas e cadeiras num
aviso mudo que indica que já passou da hora de fechar.
O garçom desliga as luzes.
Essa é minha deixa. Caminho até as portas do bar ainda sob efeitos da cannabis e nem me
dou o trabalho de cumprimentar o garçom que passa por mim vestido em sua melhor cara de
tédio.
A música já num volume característico dos fins de festa, é de uma banda local. Sei disso pelo
familiar timbre esganiçado fo vocalista da school thrash, que berra o refrão de streets of
silence.
O bar está escuro e com um cheiro azedo de cerveja. Os instrumentos usados nos eventos
estão amontoados num pequeno palco a minha frente.