Em uma mata pequena contempla um filhote de um pequeno animal fodedor.
Seu instinto de desejo sexual é tranquilizado pelas flechadas de pólvoras que vão à sua direção, seguidas pelos cães farejadores, mas não tão farejadores quanto seus humanos pelo pó branco das rochas de quartzo produzidos artificialmente em laboratórios clandestinos.
O animal delicado e macio transborda angústia, pois ali, seu habitat natural, já não é mais natural, ou se tornou natural de outra natureza que não a sua.
Sua libido, que servia apenas para sua recreação e consequente reprodução, serve hoje para se esconder entre o que sobrou da mata transformada em canteiro de obras para as ruínas do futuro que chamam de lar.
A energia gasta com o ato sexual, por gerações vem diminuído sua saciedade e sua espécie, tornando-a cada vez mais rara na natureza; porém, assim como plantas indefesas cultivada em vasos, são criados em gaiolas para reprodução artificial; e esse inofensivo ser gastará toda sua energia na tentativa de sobrevivência de sua espécie.
Macio e sedutor, seduz e transmite a puberdade, virilidade para quem de seus ovos experimenta. Mas esse filhote ainda não bate suas asas a voar e fugir do perigo iminente; E mesmo que já tivesse suas asas adultas, não bastaria para voar além das nuvens, para o cosmos, onde buscaria encontrar outro planeta para habitar e torcer que lá não tenha humanos suicidas que destroem seu próprio planeta para construir uns poucos metros quadrados de cimento e apenas aquele pedaço chamam de lar.
E nesse novo planeta buscar a sobrevivência de sua espécie, que aqui chamam de irracionais, mas que nenhum mal fez para seu habitat.
(Bortolanza, Carli R. –1999)
Em uma mata pequena contempla um filhote de um pequeno animal fodedor.
Seu instinto de desejo sexual é tranquilizado pelas flechadas de pólvoras que vão à sua direção, seguidas pelos cães farejadores, mas não tão farejadores quanto seus humanos pelo pó branco das rochas de quartzo produzidos artificialmente em laboratórios clandestinos.
O animal delicado e macio transborda angústia, pois ali, seu habitat natural, já não é mais natural, ou se tornou natural de outra natureza que não a sua.
Sua libido, que servia apenas para sua recreação e consequente reprodução, serve hoje para se esconder entre o que sobrou da mata transformada em canteiro de obras para as ruínas do futuro que chamam de lar.
A energia gasta com o ato sexual, por gerações vem diminuído sua saciedade e sua espécie, tornando-a cada vez mais rara na natureza; porém, assim como plantas indefesas cultivada em vasos, são criados em gaiolas para reprodução artificial; e esse inofensivo ser gastará toda sua energia na tentativa de sobrevivência de sua espécie.
Macio e sedutor, seduz e transmite a puberdade, virilidade para quem de seus ovos experimenta. Mas esse filhote ainda não bate suas asas a voar e fugir do perigo iminente; E mesmo que já tivesse suas asas adultas, não bastaria para voar além das nuvens, para o cosmos, onde buscaria encontrar outro planeta para habitar e torcer que lá não tenha humanos suicidas que destroem seu próprio planeta para construir uns poucos metros quadrados de cimento e apenas aquele pedaço chamam de lar.
E nesse novo planeta buscar a sobrevivência de sua espécie, que aqui chamam de irracionais, mas que nenhum mal fez para seu habitat.
(Bortolanza, Carli R. –1999)