Sentado lendo “A idade da razão” de Jean Paul Sartre e bebericando uma cerveja, olho para o horizonte estrelado, não vejo a lua no céu, só a minha cachorra chamada Lua ao meu lado. Viro o pescoço para os lado com a intenção de encontrá-la no céu, e lá estava ela, exuberantemente bela e majestosa.
A dor no peito não vem da facada que a angústia me faz querer desferir, nem tão pouco do colesterol, pois a alimentação é totalmente saudável e orgânica.
O que faz doer o peito então, já que não é físico e nem racional?
Dou por encerrada a leitura e deito-me num colchonete velho, olhando para o céu. Minha cachorra sempre ao meu lado, começa a me lamber; animada, fico dias trabalhando e só alimentando ela. O que ela quer a mais? Se ela tem comida e água fresca, espaço para correr, brincar!
Chingo-a afastando-a por várias vezes, mas não para de querer me lamber e nem de abanar o rabo. A faca que ali estava só para perfurar meu peito, numa tentativa vã de suicídio; perfura o abdômen do cão que morre instantaneamente, ainda com a língua de fora, sem reclamar, sem chorar, só feliz a estar ali ao meu lado a me olhar.
A jogo-a para o lado deixando a faca cravada no peito e volto a olhar para o céu a refletir, porém as estrelas aos poucos vão se apagando e a lua, parece estar sendo derretida e conforme pinga, escurece e se apaga na imensidão do céu.
Fico acometido de estranheza, mas a reflexão é a alma da vida, sem ela não se vive.
Restava apenas as últimas gotas da lua no céu, nenhuma estrela mais brilhava em toda a dimensão, quando o celular desperta me dando um tremendo susto. Rapidamente pego-o para desligar quando vejo a foto de pano de fundo.
Lágrimas começam a escorrer na face, e o que acomete a dor no peito, é descoberto, o sentimento. Maldito sentimentos. E com esse mesmo sentimento, retiro a faca do peito de minha Lua e a coloco no meu. Viro meu rosto para olhar o rosto de minha cachorra que já sem vida, me olha com um olhar opaco que também terei. O sangue desvanece lentamente, sem dor nenhuma, ali permanecemos na completa escuridão.
Sentado lendo “A idade da razão” de Jean Paul Sartre e bebericando uma cerveja, olho para o horizonte estrelado, não vejo a lua no céu, só a minha cachorra chamada Lua ao meu lado. Viro o pescoço para os lado com a intenção de encontrá-la no céu, e lá estava ela, exuberantemente bela e majestosa.
A dor no peito não vem da facada que a angústia me faz querer desferir, nem tão pouco do colesterol, pois a alimentação é totalmente saudável e orgânica.
O que faz doer o peito então, já que não é físico e nem racional?
Dou por encerrada a leitura e deito-me num colchonete velho, olhando para o céu. Minha cachorra sempre ao meu lado, começa a me lamber; animada, fico dias trabalhando e só alimentando ela. O que ela quer a mais? Se ela tem comida e água fresca, espaço para correr, brincar!
Chingo-a afastando-a por várias vezes, mas não para de querer me lamber e nem de abanar o rabo. A faca que ali estava só para perfurar meu peito, numa tentativa vã de suicídio; perfura o abdômen do cão que morre instantaneamente, ainda com a língua de fora, sem reclamar, sem chorar, só feliz a estar ali ao meu lado a me olhar.
A jogo-a para o lado deixando a faca cravada no peito e volto a olhar para o céu a refletir, porém as estrelas aos poucos vão se apagando e a lua, parece estar sendo derretida e conforme pinga, escurece e se apaga na imensidão do céu.
Fico acometido de estranheza, mas a reflexão é a alma da vida, sem ela não se vive.
Restava apenas as últimas gotas da lua no céu, nenhuma estrela mais brilhava em toda a dimensão, quando o celular desperta me dando um tremendo susto. Rapidamente pego-o para desligar quando vejo a foto de pano de fundo.
Lágrimas começam a escorrer na face, e o que acomete a dor no peito, é descoberto, o sentimento. Maldito sentimentos. E com esse mesmo sentimento, retiro a faca do peito de minha Lua e a coloco no meu. Viro meu rosto para olhar o rosto de minha cachorra que já sem vida, me olha com um olhar opaco que também terei. O sangue desvanece lentamente, sem dor nenhuma, ali permanecemos na completa escuridão.