E hei-me espalhado por este campo.
Sentindo o necrosado abraço gélido.
Agonizo só, sentindo somente o solo sobre mim, o vento e a chuva a me cobrir com seu manto.
Sangue que banha minhas vestes. Meus olhos procuram – em vão – o motivo do meu martírio. Procuram meu único e verdadeiro amor. Aquela pela qual dei minha vida e daria tantas quantas tivesse. Meus pensamentos vagam à sua procura. A boca que não consegue falar tenta – em vão – dizer o quanto a amo.
Agonizo, minha dor torna-se insuportável. Mas morro feliz em saber que daquele rosto divinal, prostraram-se lágrimas pela minha morte. E quando encontrarem minha carcaça putrefata, que um olhar ela me conceda, nem que seja de nojo, para compensar a eternidade ardente no inferno. Mais que a dor da morte, me corrói a dor da separação: uma vida de procuras, um passado de torturas que somente o seu amor soube apagar.
Ah, que momentos inesquecíveis passamos juntos. Agora só me resta a lembrança do doce passado, de seu amor puro, ingênuo, que, acredito eu, ter sido presente dos deuses.
Sei que não terei a eternidade para amá-la. Sei que de suas carícias, de seu corpo exuberante, de sua voz meiga e tenra, de você, só terei a lembrança do que tive: um pedaço do paraíso na terra.
Morte… Leve-me, dama suprema da podridão, arraste minha alma do mundo mortal, pois se o amor fosse tão forte para vencer-te, ele o faria.
Vou-me para a agonia infernal, onde antes o fogo que me consumia era o das longas noites em que passava em teus braços, deitado sobre seus seios, acariciando seu ventre, sendo feliz como, creio eu, nenhum mortal foi.
E hei-me espalhado por este campo.
Sentindo o necrosado abraço gélido.
Agonizo só, sentindo somente o solo sobre mim, o vento e a chuva a me cobrir com seu manto.
Sangue que banha minhas vestes. Meus olhos procuram – em vão – o motivo do meu martírio. Procuram meu único e verdadeiro amor. Aquela pela qual dei minha vida e daria tantas quantas tivesse. Meus pensamentos vagam à sua procura. A boca que não consegue falar tenta – em vão – dizer o quanto a amo.
Agonizo, minha dor torna-se insuportável. Mas morro feliz em saber que daquele rosto divinal, prostraram-se lágrimas pela minha morte. E quando encontrarem minha carcaça putrefata, que um olhar ela me conceda, nem que seja de nojo, para compensar a eternidade ardente no inferno. Mais que a dor da morte, me corrói a dor da separação: uma vida de procuras, um passado de torturas que somente o seu amor soube apagar.
Ah, que momentos inesquecíveis passamos juntos. Agora só me resta a lembrança do doce passado, de seu amor puro, ingênuo, que, acredito eu, ter sido presente dos deuses.
Sei que não terei a eternidade para amá-la. Sei que de suas carícias, de seu corpo exuberante, de sua voz meiga e tenra, de você, só terei a lembrança do que tive: um pedaço do paraíso na terra.
Morte… Leve-me, dama suprema da podridão, arraste minha alma do mundo mortal, pois se o amor fosse tão forte para vencer-te, ele o faria.
Vou-me para a agonia infernal, onde antes o fogo que me consumia era o das longas noites em que passava em teus braços, deitado sobre seus seios, acariciando seu ventre, sendo feliz como, creio eu, nenhum mortal foi.