Hoje a saudade bateu mais forte.
Hoje tudo o que vivemos juntos fez meu coração voltar a bater. De forma tímida e tênue. Quase um sussurro, um sopro de dor e solidão.
Com algum esforço saí de meu exílio. Galguei novamente as estrelas pra te encontrar. Encontrar novamente o calor da sua lembrança, um hiato de seu ser entre a inexistência e a esperança, entre os sonhos e a desventura.
Muito tempo se passou. Tanto tempo que nem sei como mensurar.
Mas a memória continua intacta e me recordo muito bem onde você está.
Te encontro naquele vale onde fomos felizes. Onde fizemos juras de amor e cumplicidade. Onde planejar viver juntos até o fim dos tempos.
Teu corpo já estava coberto. Várias camadas de vegetação aqueciam suas entranhas e você dava forma a tudo em volta.
Tudo era bonito. Havia uma certa magia no ar e uma sensação de “estou em casa” aqueceu meu ser.
Olhando mais detidamente, vejo uma linda flor sobre o local onde estava seu corpo. Uma flor negra, de pétalas aveludadas e exalando um perfume inebriante e intenso. Foram alguns segundos contemplando-a, mas que me pareceram uma eternidade. Havia um sentimento de recompensa naquela flor.
Num ato de puro egoísmo, arranco a flor do chão. Penso em levá-la comigo. Seria minha parceira em minhas longas jornadas.
Mas a beleza não é egoísta, deve ser compartilhada e assim que levo a flor em direção a minha face, ela se esvaia como uma fumaça tênue e sofrida.
A solidão de mim se apodera de uma maneira avassaladora. E junto com a solidão vem a fome. A fome que sempre tento ignorar. Fome de matar, de aniquilar vidas.
Esse lugar nada mais tem a me oferecer e parto em busca de outros planetas cheios de vida, para que eu possa decompor e extinguir.
Hoje a saudade bateu mais forte.
Hoje tudo o que vivemos juntos fez meu coração voltar a bater. De forma tímida e tênue. Quase um sussurro, um sopro de dor e solidão.
Com algum esforço saí de meu exílio. Galguei novamente as estrelas pra te encontrar. Encontrar novamente o calor da sua lembrança, um hiato de seu ser entre a inexistência e a esperança, entre os sonhos e a desventura.
Muito tempo se passou. Tanto tempo que nem sei como mensurar.
Mas a memória continua intacta e me recordo muito bem onde você está.
Te encontro naquele vale onde fomos felizes. Onde fizemos juras de amor e cumplicidade. Onde planejar viver juntos até o fim dos tempos.
Teu corpo já estava coberto. Várias camadas de vegetação aqueciam suas entranhas e você dava forma a tudo em volta.
Tudo era bonito. Havia uma certa magia no ar e uma sensação de “estou em casa” aqueceu meu ser.
Olhando mais detidamente, vejo uma linda flor sobre o local onde estava seu corpo. Uma flor negra, de pétalas aveludadas e exalando um perfume inebriante e intenso. Foram alguns segundos contemplando-a, mas que me pareceram uma eternidade. Havia um sentimento de recompensa naquela flor.
Num ato de puro egoísmo, arranco a flor do chão. Penso em levá-la comigo. Seria minha parceira em minhas longas jornadas.
Mas a beleza não é egoísta, deve ser compartilhada e assim que levo a flor em direção a minha face, ela se esvaia como uma fumaça tênue e sofrida.
A solidão de mim se apodera de uma maneira avassaladora. E junto com a solidão vem a fome. A fome que sempre tento ignorar. Fome de matar, de aniquilar vidas.
Esse lugar nada mais tem a me oferecer e parto em busca de outros planetas cheios de vida, para que eu possa decompor e extinguir.