A música agradável tomava todo o ambiente, saltando de ouvidos a ouvidos. Um jazz que percorria todo o bar, alcançando cada casal apaixonado, cada grupo de colegas animados, e até os bêbados solitários que ali estavam, só por estar. Marcos aguardava a chegada de um amigo de longa data, já impaciente pela demora. Intercalava-se entre bebericadas em seu conhaque e olhadelas no relógio.
Tic, tac!
A porta se abriu. Cabeças se voltaram à entrada.
Tic, tac!
O homem bem vestido e imponente passou pela porta, pedindo com um gesto discreto que seus seguranças o aguardassem do lado de fora.
“É ele, mesmo… hora de pagar o que me deve, playboyzinho cuzão”
Marcos acenou para ele, que veio ao seu encontro. Cumprimentaram-se com um aperto de mãos, e o homem se sentou ao seu lado no amplo balcão.
− Marcola, meu caro… há quanto tempo!
− Sim… tempo demais, até. – Respondeu, de forma mais ríspida do que gostaria. – Como vão as coisas, Ed?
− Ed? Deus… nem me lembro qual foi a última vez que alguém me chamou por esse nome. – Eduardo riu e fez sinal para que o balconista lhe trouxesse um chope – Está tudo em ordem, como sempre. E você? O que tem feito?
Marcos fixou os olhos em algum lugar distante, como se buscasse pela resposta. Parecia encarar o próprio reflexo inexistente num espelho invisível.
Riu para si mesmo, virou o resto do conhaque e respondeu:
− Estou na merda, meu amigo. Fodido mesmo.
Eduardo ergueu as sobrancelhas, fingindo surpresa. Sabia que Marcos pediria a ele algum favor. Dinheiro, talvez? Com base em sua experiência e no histórico de vida do amigo, poderia apostar que sim.
− Huh…Sinto em ouvir isso.
− Pois é… você já deve imaginar o motivo de eu ter te ligado, depois de tanto tempo.
“Imagino, sim, seu pedaço de bosta”.
− Não faço ideia, mas sou todo ouvidos.
Ed apanhou o chope colocado à sua frente e quase secou a caneca num só gole. Marcos pediu mais uma dose.
− Eu preciso de trabalho, Ed. Eu poderia vir aqui e te contar minha história triste, pedir um empréstimo que eu nunca pagaria, mas não… eu só quero uma vaguinha na sua empresa, cara.
A música agradável tomava todo o ambiente, saltando de ouvidos a ouvidos. Um jazz que percorria todo o bar, alcançando cada casal apaixonado, cada grupo de colegas animados, e até os bêbados solitários que ali estavam, só por estar. Marcos aguardava a chegada de um amigo de longa data, já impaciente pela demora. Intercalava-se entre bebericadas em seu conhaque e olhadelas no relógio.
Tic, tac!
A porta se abriu. Cabeças se voltaram à entrada.
Tic, tac!
O homem bem vestido e imponente passou pela porta, pedindo com um gesto discreto que seus seguranças o aguardassem do lado de fora.
“É ele, mesmo… hora de pagar o que me deve, playboyzinho cuzão”
Marcos acenou para ele, que veio ao seu encontro. Cumprimentaram-se com um aperto de mãos, e o homem se sentou ao seu lado no amplo balcão.
− Marcola, meu caro… há quanto tempo!
− Sim… tempo demais, até. – Respondeu, de forma mais ríspida do que gostaria. – Como vão as coisas, Ed?
− Ed? Deus… nem me lembro qual foi a última vez que alguém me chamou por esse nome. – Eduardo riu e fez sinal para que o balconista lhe trouxesse um chope – Está tudo em ordem, como sempre. E você? O que tem feito?
Marcos fixou os olhos em algum lugar distante, como se buscasse pela resposta. Parecia encarar o próprio reflexo inexistente num espelho invisível.
Riu para si mesmo, virou o resto do conhaque e respondeu:
− Estou na merda, meu amigo. Fodido mesmo.
Eduardo ergueu as sobrancelhas, fingindo surpresa. Sabia que Marcos pediria a ele algum favor. Dinheiro, talvez? Com base em sua experiência e no histórico de vida do amigo, poderia apostar que sim.
− Huh…Sinto em ouvir isso.
− Pois é… você já deve imaginar o motivo de eu ter te ligado, depois de tanto tempo.
“Imagino, sim, seu pedaço de bosta”.
− Não faço ideia, mas sou todo ouvidos.
Ed apanhou o chope colocado à sua frente e quase secou a caneca num só gole. Marcos pediu mais uma dose.
− Eu preciso de trabalho, Ed. Eu poderia vir aqui e te contar minha história triste, pedir um empréstimo que eu nunca pagaria, mas não… eu só quero uma vaguinha na sua empresa, cara.