As duas longas baladas do relógio anunciavam que as duas horas da manhã haviam chegado. A madrugada estava fria, por isso a lareira estava acesa, aquecendo o ambiente. Era uma sala de estar com um tapete persa, uma estante de livros, uma escrivaninha e uma pequena mesa de centro, que se encontrava em frente à poltrona. Nela estava o cinzeiro com o charuto aceso e um copo de uísque doze anos cheio até a metade.
O velho se encontrava sentado na poltrona. O tempo não foi nada piedoso com ele, a doença o consumia. Primeiro fora seus dedos do pé direito, logo após, fora o pé inteiro, e depois foi a parte da perna que seguia até o joelho. Nos membros que restavam, as constantes dores nas articulações o fazia gemer a cada movimento, e as escuras olheiras sob os olhos eram por causa dos 25 anos de noites mal dormidas, depois daquela noite inesquecível e macabra.
Era uma noite quieta e extraordinariamente gelada, mesmo para o inverno. O vento frio e úmido dos ares marítimos do norte tocava sua face, fazendo com que se sentisse vivo, enquanto sua mente imaginava o que estava prestes a acontecer. O navio tremeu como se estivesse enfrentando um maremoto, depois, escutou o grande estrondo ensurdecedor. Começou. Agora não há mais volta, pensou com toda a certeza do mundo.
As 11h40min da noite do dia 14 de abril de 1912, o RMS Titanic, o maior transatlântico já construído pelo homem, em sua viagem inaugural, abalroou a estibordo com um iceberg nas regiões dos bancos gelados de Newfoldland, nas águas do Atlântico Norte.
Ele seguiu em direção à ponte de comando, apesar de tudo, sentia medo. Quando chegou, o Capitão e o Engenheiro-chefe já estavam fazendo um exame sobre as avarias.
– Fui informado da colisão. Como está a situação? – ele perguntou cinicamente.
– O navio vai afundar – o engenheiro disse com pesar. – Temos duas horas para evacuar o navio.
– Tem certeza disso? – perguntou o Capitão para o engenheiro.
– Sim! Tenho certeza.
– Mas como isso veio a acontecer? – quis saber o Capitão.
– A colisão atingiu os cinco primeiro compartimentos – ele disse mostrando os mapas do navio. – Poderíamos seguir viagem com até quatro compartimentos inundados, mas não com cinco.
– O Titanic não pode afundar! – Ele exclamou nervosamente. – É impossível ele afundar.
As duas longas baladas do relógio anunciavam que as duas horas da manhã haviam chegado. A madrugada estava fria, por isso a lareira estava acesa, aquecendo o ambiente. Era uma sala de estar com um tapete persa, uma estante de livros, uma escrivaninha e uma pequena mesa de centro, que se encontrava em frente à poltrona. Nela estava o cinzeiro com o charuto aceso e um copo de uísque doze anos cheio até a metade.
O velho se encontrava sentado na poltrona. O tempo não foi nada piedoso com ele, a doença o consumia. Primeiro fora seus dedos do pé direito, logo após, fora o pé inteiro, e depois foi a parte da perna que seguia até o joelho. Nos membros que restavam, as constantes dores nas articulações o fazia gemer a cada movimento, e as escuras olheiras sob os olhos eram por causa dos 25 anos de noites mal dormidas, depois daquela noite inesquecível e macabra.
Era uma noite quieta e extraordinariamente gelada, mesmo para o inverno. O vento frio e úmido dos ares marítimos do norte tocava sua face, fazendo com que se sentisse vivo, enquanto sua mente imaginava o que estava prestes a acontecer. O navio tremeu como se estivesse enfrentando um maremoto, depois, escutou o grande estrondo ensurdecedor. Começou. Agora não há mais volta, pensou com toda a certeza do mundo.
As 11h40min da noite do dia 14 de abril de 1912, o RMS Titanic, o maior transatlântico já construído pelo homem, em sua viagem inaugural, abalroou a estibordo com um iceberg nas regiões dos bancos gelados de Newfoldland, nas águas do Atlântico Norte.
Ele seguiu em direção à ponte de comando, apesar de tudo, sentia medo. Quando chegou, o Capitão e o Engenheiro-chefe já estavam fazendo um exame sobre as avarias.
– Fui informado da colisão. Como está a situação? – ele perguntou cinicamente.
– O navio vai afundar – o engenheiro disse com pesar. – Temos duas horas para evacuar o navio.
– Tem certeza disso? – perguntou o Capitão para o engenheiro.
– Sim! Tenho certeza.
– Mas como isso veio a acontecer? – quis saber o Capitão.
– A colisão atingiu os cinco primeiro compartimentos – ele disse mostrando os mapas do navio. – Poderíamos seguir viagem com até quatro compartimentos inundados, mas não com cinco.
– O Titanic não pode afundar! – Ele exclamou nervosamente. – É impossível ele afundar.