De repente, avistou algo que fez com que se esquecesse das duas mulheres, achara a pessoa perfeita. Num banco atrás do seu, encontrava-se um mendigo.
É este! Este seria perfeito! O que aquele homem tem na vida? Nada, simplesmente, nada; nem ao menos dignidade. Tais pensamentos trouxeram um tímido sorriso ao seu rosto.
Mas, após perceber a presença do mendigo, passou a sentir um fétido odor que, com certeza, provinha dele. Talvez fosse sua mente que lhe pregava uma peça, mas duvidava muito disso, pois, somente a roupa suja e rasgada daquele homem imundo, transformava-o numa figura nojenta. O cabelo longo, emaranhado à barba comprida, deixava-o com um aspecto selvagem, quase animalesco.
Contudo, antes que se manifestasse, avistou um homem com duas crianças. Imaginou que seria um pai de família com as suas duas filhas e, num lapso de memória tão rápido como um relâmpago, lembrou-se dos seus antigos sonhos. Queria constituir uma família. Uma família com uma boa e linda esposa, filhos inteligentes, bonitos e educados, uma casa própria e um cachorro que se chamaria Max – todas essas falsos desejos sociais que caracterizam o ilusório conceito de sucesso na vida ou, de felicidade inventada, talvez.
Riu por alguns instantes, mas o riso, logo se transformou em choro de criança, daqueles entrecortados por soluços.
Por quê? Por quê? Por quê? Lamentou-se consigo mesmo.
Com tantas pessoas no mundo, com tantos vermes que mereciam isso, por que justamente eu tinha que ser condenado a um destino tão cruel? Eu que sempre fui uma boa pessoa?
De repente, avistou algo que fez com que se esquecesse das duas mulheres, achara a pessoa perfeita. Num banco atrás do seu, encontrava-se um mendigo.
É este! Este seria perfeito! O que aquele homem tem na vida? Nada, simplesmente, nada; nem ao menos dignidade. Tais pensamentos trouxeram um tímido sorriso ao seu rosto.
Mas, após perceber a presença do mendigo, passou a sentir um fétido odor que, com certeza, provinha dele. Talvez fosse sua mente que lhe pregava uma peça, mas duvidava muito disso, pois, somente a roupa suja e rasgada daquele homem imundo, transformava-o numa figura nojenta. O cabelo longo, emaranhado à barba comprida, deixava-o com um aspecto selvagem, quase animalesco.
Contudo, antes que se manifestasse, avistou um homem com duas crianças. Imaginou que seria um pai de família com as suas duas filhas e, num lapso de memória tão rápido como um relâmpago, lembrou-se dos seus antigos sonhos. Queria constituir uma família. Uma família com uma boa e linda esposa, filhos inteligentes, bonitos e educados, uma casa própria e um cachorro que se chamaria Max – todas essas falsos desejos sociais que caracterizam o ilusório conceito de sucesso na vida ou, de felicidade inventada, talvez.
Riu por alguns instantes, mas o riso, logo se transformou em choro de criança, daqueles entrecortados por soluços.
Por quê? Por quê? Por quê? Lamentou-se consigo mesmo.
Com tantas pessoas no mundo, com tantos vermes que mereciam isso, por que justamente eu tinha que ser condenado a um destino tão cruel? Eu que sempre fui uma boa pessoa?