Contudo, ao dar alguns passos, escutou um farfalhar de folhas atrás de si. A índia chegou a imaginar que sua empreitada estaria sendo abençoada pelos deuses, que encontraria sua caça cedo e poderia alimentar a sua aldeia, que há tempos se alimentava apenas de algumas frutas, verduras, vegetais e legumes, mas que estavam prestes a se acabar. Os animais estavam sumindo por aquelas bandas, e esse era um dos motivos dos caçadores terem abandonado aquela região. Rapidamente a índia apanhou o arco das costas, retirou uma flecha da aljava e a engatilhou no arco, então, virou-se a mirar, pronta para disparar suas setas mortais naquilo que estivesse atrás de si. Mas graças a Tupã, seus olhos e seus dedos eram tão rápidos e precisos quanto seus pés, portanto, conseguiu enxergar seus irmãos escondidos atrás de uma árvore antes de disparar o arco e flecha.
– Piatã e Xainã, eu disse para vocês pararem de me seguir, não disse?
– Disse, desculpe Nadi, mas Piatã não quis ir embora comigo – Xainã respondeu envergonhada.
– E o que Nadi está fazendo com um arco na mão? – Piatã inquiriu.
– Isso não diz respeito a Piatã, vai embora, vai. Deixem Nadi em paz. Essa floresta não é lugar para curumins.
– Também não é lugar para Nadi, o que está fazendo aqui? Estava indo caçar, não estava? Confessa, Nadi – o curumim disse a segurar a haste do arco da irmã. – Eu sei que estava indo caçar, não é?
– Vai embora, Piatã. Senão eu vou contar para nosso pai que você me seguiu sozinho pela floresta e ainda trouxe a Xainã junto.
– E eu vou contar que Nadi mente pra vir caçar na floresta. Nadi sabe que índia não pode caçar, índia tem que apanhar fruta, fazer cestos, cuias e vasos de barro. É proibido índia caçar. Se Nadi contar, Piatã também conta o que você vem fazer aqui.
– Não sei que mal fiz aos deuses pra ter um curumim feito Piatã como irmão.
– Nadi, leva Piatã e Xainã junto dessa vez, e nós dois promete que guardamos o segredo de Nadi.
– E depois Piatã e Xainã nunca mais vão seguir Nadi?
– Nunca mais, Nadi – Xainã e Piatã responderam ao mesmo tempo.
– Está bem, mas os dois têm que prometer que vão fazer tudo o que Nadi falar. Prometam agora! Jurem por Tupã, por Jaci e por Guaraci.
– Juramos pelo Deus Sol Guaraci, juramos pela Deusa Lua Jaci e juramos pelo Deus do Trovão Tupã, que obedeceremos a índia Nadi – os curumins falaram em uníssono mais uma vez.
– Então vamos! Mas vamos para outra floresta, uma que eu já conheça, pois essa aqui índia Nadi ainda não conhece e pode ser muito perigosa para os curumins.
Contudo, ao dar alguns passos, escutou um farfalhar de folhas atrás de si. A índia chegou a imaginar que sua empreitada estaria sendo abençoada pelos deuses, que encontraria sua caça cedo e poderia alimentar a sua aldeia, que há tempos se alimentava apenas de algumas frutas, verduras, vegetais e legumes, mas que estavam prestes a se acabar. Os animais estavam sumindo por aquelas bandas, e esse era um dos motivos dos caçadores terem abandonado aquela região. Rapidamente a índia apanhou o arco das costas, retirou uma flecha da aljava e a engatilhou no arco, então, virou-se a mirar, pronta para disparar suas setas mortais naquilo que estivesse atrás de si. Mas graças a Tupã, seus olhos e seus dedos eram tão rápidos e precisos quanto seus pés, portanto, conseguiu enxergar seus irmãos escondidos atrás de uma árvore antes de disparar o arco e flecha.
– Piatã e Xainã, eu disse para vocês pararem de me seguir, não disse?
– Disse, desculpe Nadi, mas Piatã não quis ir embora comigo – Xainã respondeu envergonhada.
– E o que Nadi está fazendo com um arco na mão? – Piatã inquiriu.
– Isso não diz respeito a Piatã, vai embora, vai. Deixem Nadi em paz. Essa floresta não é lugar para curumins.
– Também não é lugar para Nadi, o que está fazendo aqui? Estava indo caçar, não estava? Confessa, Nadi – o curumim disse a segurar a haste do arco da irmã. – Eu sei que estava indo caçar, não é?
– Vai embora, Piatã. Senão eu vou contar para nosso pai que você me seguiu sozinho pela floresta e ainda trouxe a Xainã junto.
– E eu vou contar que Nadi mente pra vir caçar na floresta. Nadi sabe que índia não pode caçar, índia tem que apanhar fruta, fazer cestos, cuias e vasos de barro. É proibido índia caçar. Se Nadi contar, Piatã também conta o que você vem fazer aqui.
– Não sei que mal fiz aos deuses pra ter um curumim feito Piatã como irmão.
– Nadi, leva Piatã e Xainã junto dessa vez, e nós dois promete que guardamos o segredo de Nadi.
– E depois Piatã e Xainã nunca mais vão seguir Nadi?
– Nunca mais, Nadi – Xainã e Piatã responderam ao mesmo tempo.
– Está bem, mas os dois têm que prometer que vão fazer tudo o que Nadi falar. Prometam agora! Jurem por Tupã, por Jaci e por Guaraci.
– Juramos pelo Deus Sol Guaraci, juramos pela Deusa Lua Jaci e juramos pelo Deus do Trovão Tupã, que obedeceremos a índia Nadi – os curumins falaram em uníssono mais uma vez.
– Então vamos! Mas vamos para outra floresta, uma que eu já conheça, pois essa aqui índia Nadi ainda não conhece e pode ser muito perigosa para os curumins.