Sentado em seu escritório, Edmundo fazia contas das despesas e de compras futuras. Mesmo tendo uma riqueza considerável ele fazia bom uso da economia financeira. Tirando o relógio de bolso de seu colete, notou que era uma boa hora para fumar o seu charuto e degustar um bom uísque irlandês. Saindo da sua poltrona, sentiu um leve calafrio. O dia vinha sendo assim desde que matara um “cão” que mordera o seu filho. Ele olhou nos olhos do cachorro e fincou seu machado bem no meio da testa do animal. Mas não sabia ele que aquele “cão” não era comum… Ele sabia disso, pois aqueles olhos o perturbavam…
Tomando o seu uísque, ficou ele na sua biblioteca relendo Crime e Castigo até que adormeceu. O uísque caiu de sua mão e isso o fez acordar assustado e mais uma vez com calafrio…
Foi de súbito quando escutou passos no andar de cima de sua casa e não percebeu que o cão raivoso o observava com olhos opacos, olhos mortos para um ser não vivo.
Edmundo subiu lentamente em busca do filho que talvez estivesse ali brincando, era puro instinto, mas sem olhar o relógio, não percebeu que era tarde da noite para o garoto ficar brincando. A cada passo que ele dava na escada, o cão se aproximava mais. Os passos do homem abafavam os do “animal”. Ambos estavam tão próximos, mas só o homem respirava. Notou que o quarto da mulher estava com a porta entreaberta e ao olhar, viu uma imagem perturbadora, mas sem perda de tempo, correu para conferir se o mesmo acontecera com o filho e o mal foi feito nele também… o homem chorando com a imagem, caiu de joelhos e então a dor rasgante rasgou-lhe as costas do colete, era uma chicotada e ali ao se virar em agonia, viu o cão de pé.
– Santo Deus…
– Deus – falou – não vai te esperar.
– Seu cachorro maldi… – levou uma chicotada bem no rosto que arrancou o lábio inferior da boca…
– Agora, finja ser um cão como você me pedia mestre…
O cão o chicoteou mais uma vez e o homem agonizava.
– Isso é pelas centenas de chicotadas que me deste!
LAPEEE!!! – era o som do chicote.
– Agora isso – pegou um machado – é por ter me feito de animal, morra seu porco!
– Por favor, não… – implorou o homem.
– Não sou mais o seu escravo meu sinhô.
E assim cravou o machado na testa do homem que morreu como um cão raivoso.
Sentado em seu escritório, Edmundo fazia contas das despesas e de compras futuras. Mesmo tendo uma riqueza considerável ele fazia bom uso da economia financeira. Tirando o relógio de bolso de seu colete, notou que era uma boa hora para fumar o seu charuto e degustar um bom uísque irlandês. Saindo da sua poltrona, sentiu um leve calafrio. O dia vinha sendo assim desde que matara um “cão” que mordera o seu filho. Ele olhou nos olhos do cachorro e fincou seu machado bem no meio da testa do animal. Mas não sabia ele que aquele “cão” não era comum… Ele sabia disso, pois aqueles olhos o perturbavam…
Tomando o seu uísque, ficou ele na sua biblioteca relendo Crime e Castigo até que adormeceu. O uísque caiu de sua mão e isso o fez acordar assustado e mais uma vez com calafrio…
Foi de súbito quando escutou passos no andar de cima de sua casa e não percebeu que o cão raivoso o observava com olhos opacos, olhos mortos para um ser não vivo.
Edmundo subiu lentamente em busca do filho que talvez estivesse ali brincando, era puro instinto, mas sem olhar o relógio, não percebeu que era tarde da noite para o garoto ficar brincando. A cada passo que ele dava na escada, o cão se aproximava mais. Os passos do homem abafavam os do “animal”. Ambos estavam tão próximos, mas só o homem respirava. Notou que o quarto da mulher estava com a porta entreaberta e ao olhar, viu uma imagem perturbadora, mas sem perda de tempo, correu para conferir se o mesmo acontecera com o filho e o mal foi feito nele também… o homem chorando com a imagem, caiu de joelhos e então a dor rasgante rasgou-lhe as costas do colete, era uma chicotada e ali ao se virar em agonia, viu o cão de pé.
– Santo Deus…
– Deus – falou – não vai te esperar.
– Seu cachorro maldi… – levou uma chicotada bem no rosto que arrancou o lábio inferior da boca…
– Agora, finja ser um cão como você me pedia mestre…
O cão o chicoteou mais uma vez e o homem agonizava.
– Isso é pelas centenas de chicotadas que me deste!
LAPEEE!!! – era o som do chicote.
– Agora isso – pegou um machado – é por ter me feito de animal, morra seu porco!
– Por favor, não… – implorou o homem.
– Não sou mais o seu escravo meu sinhô.
E assim cravou o machado na testa do homem que morreu como um cão raivoso.