Isto que vos apresento é um relato, se chegou as suas mãos, ou sua visão, acredite se quiser.
15 de agosto de 2020, é noite, estou no meu apartamento. Com a pandemia eu fiquei mais solitário e mais uma vez estou aqui em minha terapia particular: escrever, escrever e escrever…
A escrita é a amiga dos solitários, muitos morrem sem saber disso.
Acho que foi o meu médico, que me indicou a escrita para ajudar com a minha perda frequente de memória.
Ontem eu tive um sonho tão real, que acordei gritando e não estava deitado. Eu estava sentado na cama.
Acho que foi nesse momento que fui à cozinha e me direcionei à geladeira. Quando abri a porta, junto daquela luz eu escutei passos. Meu corpo ficou vidrado. Não era de inquilinos, era no meu apartamento. Quando enfim senti uma respiração próximo de mim, virei-me e ali nada estava. Só no outro dia, ou seja, hoje, que percebi pegadas escuras na minha casa.
16 de agosto de 2020, não saio mais e não tenho dinheiro. As trepadas da vizinha me deixam excitado. Meu apartamento está caindo aos pedaços como a minha esperança.
Todo dia sinto algo muito estranho, minha mão parece feder…
Não sei mais o que fazer…
17 de algum mês de algum ano. Não lembro o meu nome, não sinto muito os meus membros e meu fedor está ficando gostoso… uma sombra passou um tempo na minha porta e demorou a sair. Não sinto mais nojo dos ratos, não sinto mais nojo do meu rosto esverdeado.
O homem enfim para de escrever e no chão ele descansa, até que sua porta é arrombada e uma mulher vasculha tudo sem ligar para o corpo no chão.
O cheiro o fez acordar e com um duplo desejo, arrancou as calças da mulher, mas o seu pênis caiu cheio de vermes… a mulher aos gritos e o homem a comeu. Usando o sangue como tinta para escrever nas paredes, finalizou seu relato:
Só na morte encontro vida para escrever, leiam-me e lembrem-se… o que morre, não morre de tudo em todo.
Isto que vos apresento é um relato, se chegou as suas mãos, ou sua visão, acredite se quiser.
15 de agosto de 2020, é noite, estou no meu apartamento. Com a pandemia eu fiquei mais solitário e mais uma vez estou aqui em minha terapia particular: escrever, escrever e escrever…
A escrita é a amiga dos solitários, muitos morrem sem saber disso.
Acho que foi o meu médico, que me indicou a escrita para ajudar com a minha perda frequente de memória.
Ontem eu tive um sonho tão real, que acordei gritando e não estava deitado. Eu estava sentado na cama.
Acho que foi nesse momento que fui à cozinha e me direcionei à geladeira. Quando abri a porta, junto daquela luz eu escutei passos. Meu corpo ficou vidrado. Não era de inquilinos, era no meu apartamento. Quando enfim senti uma respiração próximo de mim, virei-me e ali nada estava. Só no outro dia, ou seja, hoje, que percebi pegadas escuras na minha casa.
16 de agosto de 2020, não saio mais e não tenho dinheiro. As trepadas da vizinha me deixam excitado. Meu apartamento está caindo aos pedaços como a minha esperança.
Todo dia sinto algo muito estranho, minha mão parece feder…
Não sei mais o que fazer…
17 de algum mês de algum ano. Não lembro o meu nome, não sinto muito os meus membros e meu fedor está ficando gostoso… uma sombra passou um tempo na minha porta e demorou a sair. Não sinto mais nojo dos ratos, não sinto mais nojo do meu rosto esverdeado.
O homem enfim para de escrever e no chão ele descansa, até que sua porta é arrombada e uma mulher vasculha tudo sem ligar para o corpo no chão.
O cheiro o fez acordar e com um duplo desejo, arrancou as calças da mulher, mas o seu pênis caiu cheio de vermes… a mulher aos gritos e o homem a comeu. Usando o sangue como tinta para escrever nas paredes, finalizou seu relato:
Só na morte encontro vida para escrever, leiam-me e lembrem-se… o que morre, não morre de tudo em todo.