Zequeu
Após uma cansativa viagem até o vilarejo indicado pela jornalista, Elba e Pietro, enfim, chegam ao local. De cara não foram bem recepcionados. Por ser um lugar pequeno, com poucos moradores, todos se conhecem. E não gostam de ter pessoas estranhas circulando em seu lar.
Ao perceber a pouca receptividade, Pietro e Elba decidem não falar com ninguém, apenas vão até o lugar em que irão pernoitar (segundo informações da jornalista, há uma pequena pousada no vilarejo para receber turistas – não muitos, porque o lugar não está em uma rota turística – que aparecem para conhecer trilhas, riachos e cascatas nas redondezas). Apesar da perseguição de olhares dos moradores, eles conseguem passar a impressão de que são apenas turistas.
– Dois quartos, por favor – pede Pietro.
– Só temos dois quartos no estabelecimento e um já foi alugado – responde o atendente da pousada.
– Tudo bem, ficaremos em apenas um quarto – diz Elba.
Ao adentrar o quarto, constituído apenas por uma cama de casal, é possível enxergar, através da janela do cômodo, a movimentação dos moradores do vilarejo. Eles circulam aos arredores da pousada com o intuito de “observar” os turistas.
Sentados na cama, a dupla começa a deduzir algumas coisas.
– Ele já está aqui – diz Elba.
– Sim. E não está no hotel. Já deve estar realizando o exorcismo ou, no mínimo, está junto ao menino e sua família. Precisamos descobrir onde.
– Como? Eles não param de nos observar, como se fosse uma ordem…
– Talvez seja. Dois “turistas” chegam coincidentemente logo após o padre estar aqui para realizar o exorcismo. Lógico que desconfiam de alguma coisa. Nossa ideia de passar despercebido não deu certo. Já fomos notados.
– É, tens razão. E agora, vamos nos disfarçar para andar entre eles?
– Não! Saberão que somos nós. Não sei que filme você viu sobre detetives, mas uma grande parte do trabalho é apenas esperar.
– Esperar? Vamos esperar o quê?
– Um exorcismo pode durar dias. Não podemos deduzir ao certo se a sessão do padre já iniciou, mas ela ainda não terminou. Levando em consideração o método de Zequeu, se o exorcismo já tivesse chegado ao fim, a população estaria em festa com a salvação ou em luto com a morte da criança.
Zequeu
Após uma cansativa viagem até o vilarejo indicado pela jornalista, Elba e Pietro, enfim, chegam ao local. De cara não foram bem recepcionados. Por ser um lugar pequeno, com poucos moradores, todos se conhecem. E não gostam de ter pessoas estranhas circulando em seu lar.
Ao perceber a pouca receptividade, Pietro e Elba decidem não falar com ninguém, apenas vão até o lugar em que irão pernoitar (segundo informações da jornalista, há uma pequena pousada no vilarejo para receber turistas – não muitos, porque o lugar não está em uma rota turística – que aparecem para conhecer trilhas, riachos e cascatas nas redondezas). Apesar da perseguição de olhares dos moradores, eles conseguem passar a impressão de que são apenas turistas.
– Dois quartos, por favor – pede Pietro.
– Só temos dois quartos no estabelecimento e um já foi alugado – responde o atendente da pousada.
– Tudo bem, ficaremos em apenas um quarto – diz Elba.
Ao adentrar o quarto, constituído apenas por uma cama de casal, é possível enxergar, através da janela do cômodo, a movimentação dos moradores do vilarejo. Eles circulam aos arredores da pousada com o intuito de “observar” os turistas.
Sentados na cama, a dupla começa a deduzir algumas coisas.
– Ele já está aqui – diz Elba.
– Sim. E não está no hotel. Já deve estar realizando o exorcismo ou, no mínimo, está junto ao menino e sua família. Precisamos descobrir onde.
– Como? Eles não param de nos observar, como se fosse uma ordem…
– Talvez seja. Dois “turistas” chegam coincidentemente logo após o padre estar aqui para realizar o exorcismo. Lógico que desconfiam de alguma coisa. Nossa ideia de passar despercebido não deu certo. Já fomos notados.
– É, tens razão. E agora, vamos nos disfarçar para andar entre eles?
– Não! Saberão que somos nós. Não sei que filme você viu sobre detetives, mas uma grande parte do trabalho é apenas esperar.
– Esperar? Vamos esperar o quê?
– Um exorcismo pode durar dias. Não podemos deduzir ao certo se a sessão do padre já iniciou, mas ela ainda não terminou. Levando em consideração o método de Zequeu, se o exorcismo já tivesse chegado ao fim, a população estaria em festa com a salvação ou em luto com a morte da criança.