O céu entupido de estrelas e isento de nuvens denunciava que naquela noite não choveria em São Luís. No entanto, o ar gélido que invadiu o quarto de Breno não deixava dúvidas de que seria mais uma madrugada fria.
O garoto despertou com dores agudas no olho esquerdo e a cabeça latejando como se houvesse uma orquestra sinfônica no lugar do cérebro.
Afastou o lençol e sentou na cama. As costas desenharam um arco, os cotovelos repousaram sobre os joelhos e os pés flutuaram a dois palmos do chão. A mão em concha descansou sobre o olho inquieto e o massageou tentando afastar a dor. Em vão.
Olhou ao redor e notou a luminosidade que vinha da janela aberta. A lufada de ar atiçava as cortinas e o brilho lunar se encarregava de desenhar figuras negras no chão.
Tudo era um borrão só.
Mas causavam arrepios.
Dançavam como se estivessem… Vivas.
Gotículas de suor brotaram na testa do menino e escorreram em filetes caudalosos até os olhos.
A visão ficou turva.
As costas das mãos entraram em ação. Breno esfregou os olhos num misto de cansaço e alívio…
… e então sentiu quando algo passou por ele.
Arrepios percorreram seu corpo e aliciaram-no na nuca.
A temperatura despencou.
Breno afastou as mãos dos olhos e forçou-os para enxergar além da turbidez.
Conseguiu.
De pé no canto esquerdo do quarto e de costas para o garoto, com o braço suspenso no ar, um vulto apontava para a janela.
“Láaaaaaa…”
A voz rastejou até o menino num tom agonizante.
Os cabelos da aparição esvoaçavam ao sabor do vento em sincronia com as cortinas.
“N… Por… Fa… avo…”
A voz espinhenta ressoou mais uma vez.
A angústia empilhou o pavor no coração de Breno assim que o menino viu a face descarnada sob a luz do luar.
O céu entupido de estrelas e isento de nuvens denunciava que naquela noite não choveria em São Luís. No entanto, o ar gélido que invadiu o quarto de Breno não deixava dúvidas de que seria mais uma madrugada fria.
O garoto despertou com dores agudas no olho esquerdo e a cabeça latejando como se houvesse uma orquestra sinfônica no lugar do cérebro.
Afastou o lençol e sentou na cama. As costas desenharam um arco, os cotovelos repousaram sobre os joelhos e os pés flutuaram a dois palmos do chão. A mão em concha descansou sobre o olho inquieto e o massageou tentando afastar a dor. Em vão.
Olhou ao redor e notou a luminosidade que vinha da janela aberta. A lufada de ar atiçava as cortinas e o brilho lunar se encarregava de desenhar figuras negras no chão.
Tudo era um borrão só.
Mas causavam arrepios.
Dançavam como se estivessem… Vivas.
Gotículas de suor brotaram na testa do menino e escorreram em filetes caudalosos até os olhos.
A visão ficou turva.
As costas das mãos entraram em ação. Breno esfregou os olhos num misto de cansaço e alívio…
… e então sentiu quando algo passou por ele.
Arrepios percorreram seu corpo e aliciaram-no na nuca.
A temperatura despencou.
Breno afastou as mãos dos olhos e forçou-os para enxergar além da turbidez.
Conseguiu.
De pé no canto esquerdo do quarto e de costas para o garoto, com o braço suspenso no ar, um vulto apontava para a janela.
“Láaaaaaa…”
A voz rastejou até o menino num tom agonizante.
Os cabelos da aparição esvoaçavam ao sabor do vento em sincronia com as cortinas.
“N… Por… Fa… avo…”
A voz espinhenta ressoou mais uma vez.
A angústia empilhou o pavor no coração de Breno assim que o menino viu a face descarnada sob a luz do luar.