Trabalhava em um empreendimento próprio de vendas de produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos em geral. Comecei como alguns fodidos: um empréstimo bancário, um ponto comercial pequeno com um número reduzido de produtos e uma assistência técnica para fazer o negócio ter grana para girar. Com o tempo a loja cresceu, contratei funcionários, abri várias filiais, e pude levar minha esposa Milena a lugares de elite, emperiquitada de joias, com um sorriso devastador.
Como elas amam o luxo!
Entretanto, como na vida de todo humano, nem só de alegrias vive alguém, e no meu caso, a pedra no caminho era um maldito vício em poker.
É nesse ponto que entra o Bar do EdGordo. Sim, esse era o nome do bar!
Certa vez um cliente veio à minha loja, teve um pequeno problema e pediu para falar com o proprietário. Entrou em meu escritório, viu-me simulando jogadas com um baralho. Juntei as cartas, empilhei-as no canto da mesa, no intuito de dar atenção a ele.
— Você joga?
Sujeito elegante, vestido em terno caro, feito sob medida. Cabelos no gel e anéis tão caros quanto um par de rins.
— Ah, sim. Adoro isso! – Apontei para as cartas.
— Mas joga como homem?
Como assim joga como homem, seu bostinha engomado?
Abri um sorriso político.
— Mas é claro, meu senhor. Só dizer local e hora.
Ele gargalhou alto. Muito alto. Fiquei com aquela cara de idiota travada em um riso desconcertado.
Resolvido seu problema, partiu, mas não sem antes fazer uma proposta e marcar uma hora para eu comparecer ao bar do EdGordo. Junto ao endereço, deixou uma última recomendação:
— Diga a palavra “ases” a Ed. Ele vai entender. — Fez uma breve pausa e apontou um dedo conselheiro. – Olha só senhor George, o jogo lá é sério e as apostas são altas!
E?
***
Trabalhava em um empreendimento próprio de vendas de produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos em geral. Comecei como alguns fodidos: um empréstimo bancário, um ponto comercial pequeno com um número reduzido de produtos e uma assistência técnica para fazer o negócio ter grana para girar. Com o tempo a loja cresceu, contratei funcionários, abri várias filiais, e pude levar minha esposa Milena a lugares de elite, emperiquitada de joias, com um sorriso devastador.
Como elas amam o luxo!
Entretanto, como na vida de todo humano, nem só de alegrias vive alguém, e no meu caso, a pedra no caminho era um maldito vício em poker.
É nesse ponto que entra o Bar do EdGordo. Sim, esse era o nome do bar!
Certa vez um cliente veio à minha loja, teve um pequeno problema e pediu para falar com o proprietário. Entrou em meu escritório, viu-me simulando jogadas com um baralho. Juntei as cartas, empilhei-as no canto da mesa, no intuito de dar atenção a ele.
— Você joga?
Sujeito elegante, vestido em terno caro, feito sob medida. Cabelos no gel e anéis tão caros quanto um par de rins.
— Ah, sim. Adoro isso! – Apontei para as cartas.
— Mas joga como homem?
Como assim joga como homem, seu bostinha engomado?
Abri um sorriso político.
— Mas é claro, meu senhor. Só dizer local e hora.
Ele gargalhou alto. Muito alto. Fiquei com aquela cara de idiota travada em um riso desconcertado.
Resolvido seu problema, partiu, mas não sem antes fazer uma proposta e marcar uma hora para eu comparecer ao bar do EdGordo. Junto ao endereço, deixou uma última recomendação:
— Diga a palavra “ases” a Ed. Ele vai entender. — Fez uma breve pausa e apontou um dedo conselheiro. – Olha só senhor George, o jogo lá é sério e as apostas são altas!
E?
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