Glauco ficou olhando para as folhas sujas de sangue e deu um sorriso discreto, pensando em como estava orgulhoso do filho. Mas em seguida foi tomado por melancolia, quando pensou que seu garoto estava crescendo, e que um dia ele iria seguir sua vida e ele não poderia protegê-lo mais. Desde que Elza, sua esposa, morreu de câncer, quando Kaique tinha 5 anos, que Glauco se dedicou 24 horas por dia ao filho, e os dois ficaram muito unidos. Para Glauco a idéia de que não poderia cuidar ou proteger seu filho um dia, era dolorosa e difícil de aceitar.
Abandonando os pensamentos sobre o futuro, o pai tirou um pedaço de cipó do bolso, e divi-diu em duas partes : com o primeiro, uniu as duas patas dianteiras, num nó, e com o outro, fez a mesma coisa com as patas traseiras.
– Pegue aqui – disse para o filho, apontando para as patas traseiras, enquanto já segurava as dianteiras. Quando Kaíque ia pegar, eles ouviram o barulho de algo grande se mexendo atrás de algumas árvores, que se balançavam há uns 10 metros deles. Kaíque olhou pra Glauco assustado. Glauco, imediatamente, puxou o rifle da mão do filho, o engatilhou e apontou na direção do barulho, e sinalizou para o filho ficar em silêncio. De repente, tudo ficou quieto: não se ouvia o canto dos pássaros ou de uma cigarra. Glauco esperou ali, na mesma posição, durante alguns segundos. Eis que outra movimentação ocorreu, agora em algumas árvores mais próximas, e Glauco apontou com o dedo pra trás, para que eles retornassem, porém, lentamente. Era a melhor escolha, pois ele não sabia com o que estava lidando ali.
Então, Kaíque foi voltando primeiro, e Glauco atrás dele, segurando a arma, para dar cobertura pro filho, caso fosse necessário. Novamente outras àrvores balançaram e em seguida veio um breve rosnado, que gelou o sangue dos dois. O som, não parecia com o de nenhum animal conhecido, e era profundamente assustador.
Eles continuavam a recuar, e de repente ouviram outro barulho das árvores se mexendo, agora com maior intensidade, e eis que de repente, um vulto enorme sai do espaço entre as arvores e dá um salto que cobre pelo menos 4 metros na diagonal, caindo exatamente no local onde estava a paca. É nesse momento, que Glauco e Kaíque conseguem ver o ser em toda a sua plenitude.
Glauco ficou olhando para as folhas sujas de sangue e deu um sorriso discreto, pensando em como estava orgulhoso do filho. Mas em seguida foi tomado por melancolia, quando pensou que seu garoto estava crescendo, e que um dia ele iria seguir sua vida e ele não poderia protegê-lo mais. Desde que Elza, sua esposa, morreu de câncer, quando Kaique tinha 5 anos, que Glauco se dedicou 24 horas por dia ao filho, e os dois ficaram muito unidos. Para Glauco a idéia de que não poderia cuidar ou proteger seu filho um dia, era dolorosa e difícil de aceitar.
Abandonando os pensamentos sobre o futuro, o pai tirou um pedaço de cipó do bolso, e divi-diu em duas partes : com o primeiro, uniu as duas patas dianteiras, num nó, e com o outro, fez a mesma coisa com as patas traseiras.
– Pegue aqui – disse para o filho, apontando para as patas traseiras, enquanto já segurava as dianteiras. Quando Kaíque ia pegar, eles ouviram o barulho de algo grande se mexendo atrás de algumas árvores, que se balançavam há uns 10 metros deles. Kaíque olhou pra Glauco assustado. Glauco, imediatamente, puxou o rifle da mão do filho, o engatilhou e apontou na direção do barulho, e sinalizou para o filho ficar em silêncio. De repente, tudo ficou quieto: não se ouvia o canto dos pássaros ou de uma cigarra. Glauco esperou ali, na mesma posição, durante alguns segundos. Eis que outra movimentação ocorreu, agora em algumas árvores mais próximas, e Glauco apontou com o dedo pra trás, para que eles retornassem, porém, lentamente. Era a melhor escolha, pois ele não sabia com o que estava lidando ali.
Então, Kaíque foi voltando primeiro, e Glauco atrás dele, segurando a arma, para dar cobertura pro filho, caso fosse necessário. Novamente outras àrvores balançaram e em seguida veio um breve rosnado, que gelou o sangue dos dois. O som, não parecia com o de nenhum animal conhecido, e era profundamente assustador.
Eles continuavam a recuar, e de repente ouviram outro barulho das árvores se mexendo, agora com maior intensidade, e eis que de repente, um vulto enorme sai do espaço entre as arvores e dá um salto que cobre pelo menos 4 metros na diagonal, caindo exatamente no local onde estava a paca. É nesse momento, que Glauco e Kaíque conseguem ver o ser em toda a sua plenitude.