Os cães atacam o corpo do músico enterrando os dentes e mastigando a carne antes mesmo de separarem os membros, afundando seus focinhos no mar caótico de entranhas a sua frente, provocando um vômito involuntário que saia não pela boca mas pelo buraco na garganta.
Me aproximo de seu corpo ainda em colapso com a dor sem limites, perto o bastante para sentir o morno fedor de suas vísceras. Seu sangue respinga em minhas pernas, escorre por minhas botas e é absorvido pelo chão de terra.
A consciência de Bob ainda recebe os últimos vestígios de energia vital, seus sentidos percebem as ultimas impressões, o cheiro de morte no ar, o frio colossal causado pela ausência de sangue no corpo.
E finalmente suas retinas manchadas de sangue capturam uma última imagem, a minha, seu algoz de cócoras observando sua vida se esvair como uma gota de sangue em um copo de whisky.
Ironicamente os dedos de Bob descansam ao lado do violão que permanece intacto. Tripas e pedaços de órgãos internos agora irreconhecíveis após a carnificina ainda pulsam em seus últimos espasmos por todos os lados.
É engraçado caminhar por entre as fendas do espaço tempo e muito depois daquele dia, ver gente jurando que viu o velho Bob ser atropelado por uma tropa de cavalos selvagens ou que ele foi morto pelas mãos de um marido traído.
Mas sempre tem alguém que conta sobre como ele gritava: “TIREM ESSES MALDITOS CÃES DE CIMA DE MIM”. Culpam a bebida, as noites seguidas sem dormir e aos modos extravagantes de alguém que viajava de cidade em cidade.
Se existe um nome no livro dos favores, sempre há um endereço a ser visitado, uma conta a ser cobrada, e eu cobrarei.
Os cães atacam o corpo do músico enterrando os dentes e mastigando a carne antes mesmo de separarem os membros, afundando seus focinhos no mar caótico de entranhas a sua frente, provocando um vômito involuntário que saia não pela boca mas pelo buraco na garganta.
Me aproximo de seu corpo ainda em colapso com a dor sem limites, perto o bastante para sentir o morno fedor de suas vísceras. Seu sangue respinga em minhas pernas, escorre por minhas botas e é absorvido pelo chão de terra.
A consciência de Bob ainda recebe os últimos vestígios de energia vital, seus sentidos percebem as ultimas impressões, o cheiro de morte no ar, o frio colossal causado pela ausência de sangue no corpo.
E finalmente suas retinas manchadas de sangue capturam uma última imagem, a minha, seu algoz de cócoras observando sua vida se esvair como uma gota de sangue em um copo de whisky.
Ironicamente os dedos de Bob descansam ao lado do violão que permanece intacto. Tripas e pedaços de órgãos internos agora irreconhecíveis após a carnificina ainda pulsam em seus últimos espasmos por todos os lados.
É engraçado caminhar por entre as fendas do espaço tempo e muito depois daquele dia, ver gente jurando que viu o velho Bob ser atropelado por uma tropa de cavalos selvagens ou que ele foi morto pelas mãos de um marido traído.
Mas sempre tem alguém que conta sobre como ele gritava: “TIREM ESSES MALDITOS CÃES DE CIMA DE MIM”. Culpam a bebida, as noites seguidas sem dormir e aos modos extravagantes de alguém que viajava de cidade em cidade.
Se existe um nome no livro dos favores, sempre há um endereço a ser visitado, uma conta a ser cobrada, e eu cobrarei.